Bola de Sabonete

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

As Bolas de Sabão

As bolas de sabão que esta criança
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
Pretende que elas são mais do que parecem ser.

Algumas mal se vêem no ar lúcido.
São como a brisa que passa e mal toca nas flores
E que só sabemos que passa
Porque qualquer cousa se aligeira em nós
E aceita tudo mais nitidamente.


de Alberto Caeiro

Não foi em vão

Sem estar realmente envolvida em nenhuma das 14 organizações que lutavam pelo "não", dediquei-me convictamente a essa mesma causa. Desde a distribuição de panfletos ao esclarecimento dos que me estavam mais acessíveis (e alguns nem tanto), tentei mostar às pessoas porque é que eu defendo a vida, porque é que não vou na conversa da "liberdade e dignidade da mulher".
Contudo, os resultados não foram os desejados pelo defensores do "não" e, claro, a tristeza é grande. Mas não considero que tenha sido em vão, uma vez que nós, como simples advogados daqueles que não tiveram, não têm e não terão hipóteses de defesa, não nos sentimos vencidos; sentimos, sim que este assunto não está terminado e que ainda há muito para defender, muito por que lutar, muito para mudar.

sábado, dezembro 16, 2006

Este blog será um escape. Um sítio onde poderei escrever o que quiser e bem me apetecer: textos da minha autoria; comentários a notícias, livros, filmes, etc.; ou apenas reflexões. Não espero ter leitores assíduos (nem sei se os quero), mas gostava de poder contar com alguns comentários! =)